Será que a dor pode ser uma catalisadora para o bem?

Em São Paulo, a 5304 km de Dakar, estávamos comemorando um Happy Hour diferente. Aproveitamos para unir uma festa de aniversário e uma comemoração por havermos conseguido bater uma meta de ajuda para um Projeto humanitário no Senegal. A meta batida foi a arrecadação do valor do frete aéreo para enviar um forno de panificação para o Projeto Chemin du Futur.

Imagino que ainda não conheça o Projeto e aproveito para informa-lo e solicitar sua atenção.

Do outro lado do Oceano Atlântico acontece o maior fenômeno de crianças de rua do mundo. As organizações internacionais de direitos humanos, como a Human Rights Watch, falam em cerca de 100 mil meninos talibés, sendo 30 mil na capital Dakar. Esses meninos, geralmente na faixa etária de 5 a 18 anos, são, na maioria das vezes, recrutados de famílias pobres no interior do país ou até de países vizinhos ao Senegal.

As crianças são entregues por seus pais a líderes religiosos para viverem e serem educados nas escolas corânicas (daaras), e tornarem-se grandes líderes islâmicos. Entretanto, a realidade destas crianças é absolutamente o oposto disso e está muito aquém do que se pode chamar de proteção, amparo, educação e amor.

Cerca de 99% das crianças talibés têm que mendigar pelo próprio alimento e remédio. Elas vivem à margem da sociedade, na insegurança, no abandono e no desamor. Meninos malnutridos, prostrados, descalços, sujos e com o olhar perdido perambulam pelas ruas em busca de esmola.

Suas realidades são de semiescravidão, exploração, mendicância e severas agressões físicas e verbais, que deixam cicatrizes na pele e na alma dessas crianças. Encaram também violência sexual, insalubridade, tristeza e desesperança, ou seja, estão vivendo na mais degradante e desumana condição de vida.

 

O Projeto Chemin du Futur

 

Com o objetivo de mudar essa situação, o Projeto Chemin du Futur começou em setembro de 2011, quando um grupo de brasileiros enviados ao Senegal para estudar a triste situação dos meninos talibés decidiu montar um projeto social para atuar neste problema.

Após quatro anos bem-sucedidos, os fundadores da primeira versão do Chemin decidiram encerrar as atividades, porém Edmilson dos Santos Neto, pelo envolvimento que tinha com a causa, decidiu dar continuidade ao projeto.

Fiquei refletindo sobre o paradoxo: tanta tristeza e sofrimento do outro lado do Oceano e naquele play ground de um edifício em São Paulo adultos , jovens e crianças comemorando.

Por outro lado, não fosse a situação das crianças no Senegal provavelmente não estaríamos ali tendo a oportunidade de reunirmos e criarmos o Happy do Bem.

Também não teríamos conseguido um formo de panificação e seu envio a aéreo a Dakar e cuja produção de pães alimentará as crianças e servira de renda para manutenção da casa =onde vivem.

Fiquei muito impressionado com a determinação de todos em atingir a meta de arrecadação e a alegria de consegui-lo em tempo recorde

Possivelmente muitos de nós jamais iremos conhecer as crianças ou estar com elas

Mas de longe estamos possibilitando que tenham uma nova chance de vida e futuro.

Dor de um lado mobilizando solidariedade do outro.

Sai do Happy do Bem com a certeza de que foi apenas o primeiro de muitos. Os que estavam ali, como eu , puderam sentir o que faz o sentimento de solidariedade,

Ele nos conecta com algo maior e que transcende geografias, etnias, idade , formação

Nos conecta pelos sentimentos mais nobres e que seguirá sem que consigamos controlar.

Fiquei com a nítida sensação de que esses eventos tão tristes e horríveis que vivenciamos, são na verdade um convite a nós mesmos para sermos melhor e deixarmos guiar pelas nossas emoções genuínas e do bem.

Nos conecta pelos sentimentos mais nobres e que seguirá sem que consigamos controlar.

Fiquei com a nítida sensação de que esses eventos, tão tristes e horríveis que vivenciamos, são na verdade um convite a nós mesmos para sermos melhores e deixarmos guiar pelas nossas emoções genuínas e do bem.

 

“Conheça mais sobre” o Chemin du Futur : https://www.chemindufutur.org;  https://www.instagram.com/chemindufuturoficial/; https://www.facebook.com/chemindufutur/?locale=pt_BR

Para fazer doações: https://www.chemindufutur.org/apadrinhe

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